De um desesperado coração
Que na dor afunda
Que de choro inunda.
Minha vida esvai
Num abrigo jaz
De um quarto escuro
Em caixas entulho
De uma mudança errada
Acusação "a fracassada"
Na cabeça dor aguda
Nos lugares uma voz muda
Retraída, melancólica,
Aos poucos uma alcoólatra...
Sozinha, o peito aperta
No passado fui tão mais desperta!
Minha vida já não pulsa
E a olhar ao redor repulsa.
Corre vinho em minha artéria
Na embriaguez a miséria.
Sinto pela dor que causo ao outro,
Até mais que quando me lançaram ao lodo
Por ignóbil jovem tão ardente
Que me causou ilusão de amor demente.
Eu que me achava tão esperta
E que julgava ter uma mente tão aberta
Arbitrária a conjeturar
A reação involuntária de julgar.
Dói a cabeça sem piedade
Aperta o meu peito com maldade
É uma saudade que sinto sufocante
Dos gemidos voluptuosos e arquejantes.
Um devasso me mostrou a bela vida
No prazer junto a um copo de bebida
Em estilo imitativo eu me espelho
Na sua mente, na sua glória, no seu gênio,
No que estou,
E que esqueci que sou.
Eu sei que posso ser brilhante,
Mas minha razão eu guardo na estante.
O racional seria uma arma à paixão
Se eu não priorizasse tanto o coração.
Essa dor aguda na cabeça,
Esse remorso que não permite que eu esqueça.
O álcool já efeito não faz
Não ameniza as feridas que o passado traz.
Cigarro atrás de cigarro...
Se a liberdade me trouxesse o descaso...
A cabeça lateja,
Mas abrirei outra lata de cerveja.
Ah, dor que o meu peito consome!
Tanto sofrimento por causa de um homem?
Um menino, um garoto imaturo,
Que agora quero excluir do meu futuro.
As águas da minha louca tempestade
Em que padece a minha triste mocidade
Nesta alma tão calada e enternecida
Busca alívio em sua sina sofrida.
A história de uma esperança morta,
Refaz-se quando o seu rosto volta...
Seu sorriso dentro de um (parêntese)
Dessa alegria hostil que tanto sente.
Sofro e já não suporto tanta dor...
O que fazer para matar tamanho amor?
O amo, mas ele me impede de viver.
Só nasceu pra me fazer querer morrer!
Meu remorso das mentiras que contei
Maltrata-me e o motivo eu não sei,
Pois se ele já errou assim comigo
Por qual motivo é que tanto me maldigo?
Há esperança que o meu peito teima em gritar
Que quer de qualquer forma me libertar
Maltrata-me, sufoca, me angustia,
Em lembrar que depois deste, há outro dia...
A esperança na vida me força a continuar
Convencendo-me para eu querer ficar.
Sinto raiva da injustiça de um sistema
E agora a hipocrisia pudica ser meu lema?
Se eu trai quem me deu o direito de julgar
Quem pôs a pedra em minha mão para eu lançar
E nele atirar
A pedra jogar
O julgamento arremessar?
Quem sou eu para condenar? ...
Tão difícil saber que quem amo está sofrendo
É como beber um copo de veneno...
É como o anjo mais puro molestar,
Mas do meu amor terei de me vingar.
E depois de magoá-lo,
De vez então o abandonar
E não cair em tentação
Depois do derradeiro não
De novamente me entregar...
E a tortura então voltar.
Vou recair na solidão
Que corrói meu coração.
Eu clamo Deus a repetir
Ajuda-me a reagir!
Não me mata de paixão
Livra-me dessa ilusão
Pára de sofrer coração!
Que na dor afunda
Que de choro inunda.
Minha vida esvai
Num abrigo jaz
De um quarto escuro
Em caixas entulho
De uma mudança errada
Acusação "a fracassada"
Na cabeça dor aguda
Nos lugares uma voz muda
Retraída, melancólica,
Aos poucos uma alcoólatra...
Sozinha, o peito aperta
No passado fui tão mais desperta!
Minha vida já não pulsa
E a olhar ao redor repulsa.
Corre vinho em minha artéria
Na embriaguez a miséria.
Sinto pela dor que causo ao outro,
Até mais que quando me lançaram ao lodo
Por ignóbil jovem tão ardente
Que me causou ilusão de amor demente.
Eu que me achava tão esperta
E que julgava ter uma mente tão aberta
Arbitrária a conjeturar
A reação involuntária de julgar.
Dói a cabeça sem piedade
Aperta o meu peito com maldade
É uma saudade que sinto sufocante
Dos gemidos voluptuosos e arquejantes.
Um devasso me mostrou a bela vida
No prazer junto a um copo de bebida
Em estilo imitativo eu me espelho
Na sua mente, na sua glória, no seu gênio,
No que estou,
E que esqueci que sou.
Eu sei que posso ser brilhante,
Mas minha razão eu guardo na estante.
O racional seria uma arma à paixão
Se eu não priorizasse tanto o coração.
Essa dor aguda na cabeça,
Esse remorso que não permite que eu esqueça.
O álcool já efeito não faz
Não ameniza as feridas que o passado traz.
Cigarro atrás de cigarro...
Se a liberdade me trouxesse o descaso...
A cabeça lateja,
Mas abrirei outra lata de cerveja.
Ah, dor que o meu peito consome!
Tanto sofrimento por causa de um homem?
Um menino, um garoto imaturo,
Que agora quero excluir do meu futuro.
As águas da minha louca tempestade
Em que padece a minha triste mocidade
Nesta alma tão calada e enternecida
Busca alívio em sua sina sofrida.
A história de uma esperança morta,
Refaz-se quando o seu rosto volta...
Seu sorriso dentro de um (parêntese)
Dessa alegria hostil que tanto sente.
Sofro e já não suporto tanta dor...
O que fazer para matar tamanho amor?
O amo, mas ele me impede de viver.
Só nasceu pra me fazer querer morrer!
Meu remorso das mentiras que contei
Maltrata-me e o motivo eu não sei,
Pois se ele já errou assim comigo
Por qual motivo é que tanto me maldigo?
Há esperança que o meu peito teima em gritar
Que quer de qualquer forma me libertar
Maltrata-me, sufoca, me angustia,
Em lembrar que depois deste, há outro dia...
A esperança na vida me força a continuar
Convencendo-me para eu querer ficar.
Sinto raiva da injustiça de um sistema
E agora a hipocrisia pudica ser meu lema?
Se eu trai quem me deu o direito de julgar
Quem pôs a pedra em minha mão para eu lançar
E nele atirar
A pedra jogar
O julgamento arremessar?
Quem sou eu para condenar? ...
Tão difícil saber que quem amo está sofrendo
É como beber um copo de veneno...
É como o anjo mais puro molestar,
Mas do meu amor terei de me vingar.
E depois de magoá-lo,
De vez então o abandonar
E não cair em tentação
Depois do derradeiro não
De novamente me entregar...
E a tortura então voltar.
Vou recair na solidão
Que corrói meu coração.
Eu clamo Deus a repetir
Ajuda-me a reagir!
Não me mata de paixão
Livra-me dessa ilusão
Pára de sofrer coração!
Tatiane Sales
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