Tentando
sobreviver numa era contemporânea
Um apólogo à boneca de porcelana
Do ano de 1.820 no atual tempo
Junto a livros empoeirados, tem movimento.
Amando... nobre ela canta, sofre e dança
Como a rosa azul de Novalis, rara
Branca a delicada face laqueada
Esmaltada a tez, perdendo a nuança...
Menina velha de palidez etérea
Recitando Shakespeare, solitária espera
Esquecida numa biblioteca clássica
Deserta e impoluta conservada há décadas!
A relíquia de louça guardada na estante
Ouvindo Mozart ou o flautista de Hamelin
Vinda da poesia de Lorca de las horas incertas
E apaixonada por Hamlet, o seu ideal de amante...
O sopro de alma nessa moça de pano
Que quando só, levanta a bailar chorando
Não está na loucura, na imaginação da artista
Que cria a boneca, mas também dá a vida...!
Ela existe, triste, respira e palpita
Pois tento dár ânimo à própria poetisa
A boneca sou eu no tempo perdida
Que em álacres anos já é tão antiga...
Um apólogo à boneca de porcelana
Do ano de 1.820 no atual tempo
Junto a livros empoeirados, tem movimento.
Amando... nobre ela canta, sofre e dança
Como a rosa azul de Novalis, rara
Branca a delicada face laqueada
Esmaltada a tez, perdendo a nuança...
Menina velha de palidez etérea
Recitando Shakespeare, solitária espera
Esquecida numa biblioteca clássica
Deserta e impoluta conservada há décadas!
A relíquia de louça guardada na estante
Ouvindo Mozart ou o flautista de Hamelin
Vinda da poesia de Lorca de las horas incertas
E apaixonada por Hamlet, o seu ideal de amante...
O sopro de alma nessa moça de pano
Que quando só, levanta a bailar chorando
Não está na loucura, na imaginação da artista
Que cria a boneca, mas também dá a vida...!
Ela existe, triste, respira e palpita
Pois tento dár ânimo à própria poetisa
A boneca sou eu no tempo perdida
Que em álacres anos já é tão antiga...
Tatiane Sales
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