segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Insônia



















Ela me atrai com a sua cor castanha,
E seu mistério negro a obscura estranha.
Sei que ela está lá fora, pálida e branda,
A noite solitária pela amante chama...

Por companhia, por desejo, pela bela clama.
Então fujo na noite que igual a mim leviana,
Funde-me o corpo quente, mescla, ufana,
E o relento refresca minh'alma em chamas!

Amálgama libertinagem, duas párias damas,
Libidinosas lésbicas confidentes tramam.
Ao perder-me na noite a noite me ganha,
Envolvendo e seduzindo me corrompendo engana.

Ela me toca, me sussurra no ouvido infâmias,
Sacio-me da noite impura dessa mulher insana.
Ela me excita, porque me incita como uma tirana,
Entrego-me a ela e supro-a como uma profana...

Tatiane Sales
(Minha poesia)

A dama da noite desabrocha uma vez por ano e após o desabrochar, morre.

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