quinta-feira, 23 de abril de 2015

Eia, vejamos

Lendo uma interessante discussão sobre o assunto "publicidade dos 50 tons de cinza no Brasil", sinceramente eu penso aqui com meus botões que se Simone de Beauvoir, as filósofas queimadas na fogueira da inquisição, as grandes feministas francesas de écriture féminine como Julia Kristeva, as heroínas americanas dos meados de 70 na luta maravilhosa de Women's Liberation, se Clarice Lispector e tantas outras grandes mulheres da história – heroínas e heroicas que lutaram pela emancipação, valorização e igualdade da mulher na sociedade, e, libertação psicoemocional da posse e submissão machista em que a mulher era (im)posta e submetida como somente “um algo” sem personalidade, sem inteligência e sem compreensão da realidade; se essas mulheres lessem esse lixo de livro, acho que elas estariam neste momento se revirando em seus caixões! Assim como a arte contemporânea se desvaloriza em sentido de riqueza e valores de expressão, a literatura contemporânea também se iguala; quem já leu Marcel Proust ou Sthendhal sabe que esse tipo de literatura citado acima é um escarro grosseiro na sensibilidade de quem quer ler algo que agrega ao feminino, e que também é um escarro no intelectual e na alma de um bom leitor.
Isso na minha humilde opinião feminista e literária, claro...
Preocupa-me tantas adolescentes em fase de transformação venerando esse livro.


Tatiane Sales – Sobre os 50 tons de Cinza.