quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

A magia da poesia

Fecho meus olhos cinzas para imaginar algo de bom,
Algo que alivie a minha angústia terrível da existência.
Fecho meus olhos cinzas e vejo e ouço a cor do som,
E vejo uma Baleia Azul nadar além da consciência...

Essa Baleia Azul tem imensos olhos verde-claros,
Estou à beira da praia e ela vem em minha direção.
Olho para o céu e meu nome é escrito com um raio,
É um raio igual caneta e a escrever Tatiane, uma mão.

Essa enorme mão que segura raios e escreve em céu,
Tem no dedo um anel d’estrela como um raro diamante.
O anel se compara às estrelas presas naquele escuro véu,
Que nos cobre em breu à noite anéis d’estrelas de brilhante.

Fechando meus olhos vejo e escuto o grande oceano-mar,
De transparência pura e límpida, tal qual pureza de um Anjo.
Junto com o som das ondas escuto um suave hino ressoar...
E a Baleia Azul acompanha o Anjo num dueto o belo canto.

Agradeço por esses presentes que eu tanto precisava,
É a poesia que faltava nos meus dias tão vazios.
Caem lágrimas puras e límpidas tão iguais a água clara,
Dos meus olhos e do céu chovem gotas d’água e lírios...

Tati Sales

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