terça-feira, 29 de setembro de 2015

Pornographie












Ela é a escória. Suja... E devassa.
Contaminando a pureza por onde passa.
Nojenta de ócio, vício e sexo,
Repleta de línguas no seu seio lésbico,

Num beco do desabitado prédio,

Na Rua das Surubas ela vence o tédio.
Faminta por orgasmos ela suga e lambe,
Mas hoje somente com um gang bang.

Os gozos escorrendo pelo corpo exangue,

Escorre pela boca e pela pele o sangue,
Dos tapas e mordidas dos estupradores
Que autorizados por ela a quebrantou de dores,

A Ninfa arranca a roupa, quente em ardores,

Sem alma, só o corpo machucado horrores.
Adentram muitos pênis pelos orifícios,
Vagina, ânus, boca, abismos e ouvidos,

Ela geme, blasfema, maldizendo a libido,

Devastam-na e abusam-na como a um cabrito.
Come-a, fode-a, cospe nela e depois a larga,
Sozinha, impura, corrompida de sofrimento e tara.

Tentando esquecer que existe e se limitando a nada,

Na vala, bêbada, infame, nua e violentada,
Chora apenas uma criança com a força que lhe resta,
Treze, ou quatorze anos? Menina, mulher funesta!

Ela odeia, ofende a todos, pois perdida cai no fel do mundo,

Buscando alívio nos antros e nos becos mais que imundos,
Tudo p’ra ter um orgasmo, prazer real de alguns segundos,
Onde enfim esquece a dor, a tristeza e os medos mais profundos.

T.Sales

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