quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Definhando


De novo...



Sinto-me aos poucos enlanguescer
Passo os dias lamentando
Se você estivesse me amando
Nada disso iria acontecer.

Estou a enfraquecer...

Em mim o amanhecer desistiu
Iludiu-me e, no entanto,
Apesar de tanto rogá-lo em pranto
Da minha vida partiu.

Sinto-me agora entardecer...

Lembro-me do seu rosto, do seu jeito
Inteiro...
E de ensejo
Suplico um último desejo.

Queria agora adormecer...

Pois no sono posso ser pueril
Feliz no devaneio febril
E depois de sonhar com você
Tranquilamente falecer.

Não sei mais o que fazer...

Não sei mais a quem recorrer
Quem eu procuro para saber
Como me restabelecer?
Eu preciso reviver...

Não posso terminar assim
Alguém tem que dissipar o enleio
Eu tenho que encontrar um meio
De melhorar dentro de mim!

Vejo o claro escurecer...

Rimar... Rimar...
Eu preciso me libertar
Das amarras do sofrimento me livrar
Para conseguir enfim, continuar.

Sinto-me enlanguescer...

E se você não me buscar
Se você não me socorrer
Nas trevas vou me afogar
No mar da noite irei morrer.

Já principio anoitecer...


Tatiane Sales
(Minha poesia)
...

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