sábado, 6 de novembro de 2010

Intacta

Sophia quando pequena
Fitava pela janela
Pálida que dava pena
Sol não tocava a pele dela.

Em meio à estampa de flores
Da delicada cortina
Soprava ao vento os odores
Do perfume de menina,

Que aos poucos ia crescendo
Num corpo desabrochando
Por trás d'um vidro vendo
A vida passar pelos anos.

Moça brotando beleza
No auge da juventude em flor
Não saiu p'ra exalar natureza
Não viveu p'ra morrer de amor.

Da janela observando
Achava tudo sem sentido
Esse vai e vem de humanos
Que se tocavam e não temiam perigo.

Ela olhava e tentava entender
Toda aquela erupção de libidos
Uns aos outros que se faziam sofrer
E que num caos se amavam aos gritos!

Tatiane Sales
(Minha poesia)

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