quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Derradeiro

    









Naquele teatro
Contracenei num tempo errado
Em que a circunstância oculta
Dentro de mim a insana luta
De querer ser somente eu mesma
E esma,
Transparecer por entre o breu
Breu meu
Deixei para ele meu endereço
Mas cartas suas não mereço
Uma semana e nada veio
Só me aumenta o devaneio
E me aumenta o desespero
Para aceitar o derradeiro
Mal começou e acabou
Terminou
Nem dois meses há na data
Farsa
Tudo por causa de um receio
Que devo aceitar de enleio
Que eu não passo de um nada!
Decepcionei-o de fato
Quimeras letras do meu ato
Foi tão rápido...
Uma luz piscou ao longe
Onde?
Foi tão intenso e ofuscante
Um brilho claro e oscilante
Que eu pensei poder tocar
Pudera eu o alcançar
Sou uma humana falha
Fraca
Sou um punhado de areia
Que quis sonhar e ser do mar
Sou imperceptível centelha
Que quis tocar uma estrela
Por trás do mudo
Tudo
O que eu queria era te amar.

Tatiane Sales
(Minha poesia)
...

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