sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Fracasso


Sinto um frio doentio
Choro todas as noites
Eu tinha tantos sonhos nobres
E hoje o que restou?
O que sobrou?
Quantos anos me escondi
Em mim...
Quanto tempo nada fiz
Diz?
Tranquei-me num mundo à parte
Não desenvolvi minh'arte
Só dormi é o que me lembro
Chorei bastante, um choro lento.
Também sofri angústias noites
Ouvindo o vento vindo do norte
Eu desejava um sopro da morte
E aliviava quando eu dormia
A vida fria,
os sonhos aquecia...
Joguei tantas poesias ao léu
Rasguei folhas, queimei papel.
Livrei-me do que de melhor havia em mim
Tantas mortes pensei,
Tantos erros lembrei...
A morte é a forma mais honrosa
de um fracassado redimir-se?
De um covarde ter orgulho?
É a nobreza de matar-se e superar-se!

Tatiane Sales
(Minha poesia)

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